A carbonatação da cerveja é uma das importantes etapas do processe de fabricação da cerveja.
Mesmo não sendo uma das etapas mais difíceis do processo, ainda assim, a carbonatação possui detalhes essenciais que fazem toda a diferença na qualidade da sua cerveja, até porque…
Para você conduzir com eficácia essa etapa do processo de fabricação da sua cerveja, é fundamental que você observe alguns cuidados cruciais…
Dando sequência aos post’s sobre como produzir cerveja em casa, vamos observar nesse post como fazer o envase da cerveja artesanal. Sim! Agora que a sua cerveja já foi devidamente transferida para outro balde, chegou a hora de colocá-las na garrafa.
E para começar, deixa eu te orientar numa coisa bem importante aqui…
Separe uma quantidade suficiente de garrafas para acomodar toda sua cerveja e faça a devida limpeza e sanitização delas. Isso pode ser feito durante a preparação do açúcar invertido ou até mesmo antes.
Limpe as garrafas com uma escova – daquelas de limpar mamadeira – e um pouco de detergente neutro, se preocupando em retirar toda sujeira que estiver no interior das garrafas e exague-as muito bem!
Após a limpeza, faça a sanitização de todas elas com uma solução de iodo, que inclusive você poderá calcular a quantidade adequada de iodo com uma de nossas ferramentas cervejeiras. 🙂
Com a clarificação do mosto e a lavagem do bagaço, iniciamos um novo estágio no processo de produção da cerveja: a Fervura do Mosto.
A Fervura do mosto é responsável pela formação de uma parte dos aromas e sabores de nossa cerveja, sendo a última parte quente do processo de produção da nossa cerveja artesanal.
Basicamente sua finalidade é a de esterilização, concentração e evaporação de algumas substâncias indesejadas do mosto, além de proporcionar a isomerização dos alfa-ácidos do lúpulo.
Com nosso mosto resfriado e antes de inocularmos as leveduras, devemos levar em consideração uma parte importante do nosso fabrico: a Aeração do Mosto.
As leveduras necessitam de dois itens importantes para se multiplicarem: esteróis e ácidos graxos. Ambos podem ser adquiridos no mosto ou produzidos pelas próprias leveduras.
Porém, devido a dificuldade das leveduras em absorver os esteróis do mosto, elas acabam produzindo-os, necessitando do oxigênio para sintetizá-los.
O Processo de Aeração do mosto consiste basicamente em introduzir uma quantidade suficiente de oxigênio para auxiliar na multiplicação das leveduras garantindo a fermentação saudável do mosto.
Como vimos, para o crescimento e reprodução das leveduras o oxigênio é um importante facilitador, mas qual é a quantidade ideal?
A quantidade ideal de oxigênio dissolvido no mosto deverá estar em torno de 8-12 ppm (partes por milhão).
Como Fazer a Aeração do Mosto
Existem diversos métodos para a aeração do mosto, porém, vou apresentar dois métodos eficientes e fáceis de se fazer:
Splash
O Splash é um dos métodos mais simples e fácil de se fazer. Trata-se apenas de deixar o mosto cair lentamente da panela de fervura para o fermentador, o que injetará uma quantidade em torno de 4 ppm de oxigênio no mosto, ou seja, metade do mínimo necessário.
A maturação é um processo de arredondamento dos aromas e sabores da cerveja que se inicia logo após o término da fermentação primária e se perpetua para até após o envase da sua cerveja.
E aqui cabe uma observação…
Não confunda maturação com clarificação da cerveja! 😉
É muito comum encontrar cervejeiros caseiros que costumam seguir a risca o tempo de fermentação de suas cervejas se baseando apenas naquilo que é estipulado na receita – tipo 7 dias a 18ºC – e logo após esse tempo já levam a cerveja para a garrafa sem ao menos conferir se a atenuação foi realmente finalizada.
Mas, é justamente com a fermentação secundária que alguns subprodutos gerados na fermentação primária são absorvidos, o que proporciona assim, um arredondamento maior dos aromas/sabores da sua cerveja.
Bem, dito isso, vamos então descobrir um pouco mais sobre…
Como fazer a Maturação da Cerveja Artesanal
Como vimos no post sobre o Processo de Fermentação da Cerveja Artesanal, elevar a temperatura do fermentador após a estabilização da atenuação da densidade original irá acelerar o processo de absorção dos subprodutos gerados durante a fermentação.
Porém, como uma boa parte das leveduras sedimentaram com o término da fermentação primária, esse processo de absorção poderá demorar um pouco mais do que a gente imagina.
A inoculação da levedura consiste basicamente em adicionar uma quantidade de fermento ao mosto para que os açúcares fermentáveis do nosso preparado sejam consumidos, transformando dessa forma, o mosto em nossa preciosa cerveja.
Mas não se engane! Pode parecer uma das etapas mais básicas do processo, porém, se não souber como inocular corretamente a levedura e não levar em consideração alguns fatores fundamentais nesta etapa, poderá prejudicar o processo de fermentação e gerar alguns off-flavors inesperados em seu precioso líquido.
Assim, confira neste post alguns pontos fundamentais para você inocular corretamente a levedura durante a fabricação da sua cerveja…
Qual a importância de Inocular Corretamente a Levedura?
Uma inoculação insuficiente de leveduras poderá ocasionar um retardo muito grande para o início da fermentação, aumentando a competição entre bactérias e leveduras selvagens pelo mosto e o risco de uma alta formação de ésteres frutados, acetaldeído e diacetil.
Outro fator importante é a temperatura do mosto na hora do inóculo da levedura. Assim, para evitarmos a formação de alguns compostos indesejáveis, devemos levar em consideração as seguintes faixas de temperatura:
– Lager: 12-15 Cº;
– Ale: 18-24 Cº.
Para facilitar, neste post vou tratar apenas da utilização das leveduras secas, deixando para um post específico o manuseio das leveduras líquidas. Não que a levedura líquida seja um bicho de sete cabeças, mas ela requer alguns cuidados extras, como sua propagação, para a realização de uma fermentação saudável.
Taxa de Inoculação de Levedura
Para que você possa fazer uma inoculação correta da levedura, a fórmula abaixo é a mais indicada para apontar a quantidade ideal de células viáveis para a fermentação de determinada cerveja, levando em consideração tipo (ale ou lager), volume do mosto e densidade inicial.
Quando iniciamos nesse maravilhoso mundo de fazer cerveja em casa, nos deparamos com diversos equipamentos, métodos, processos e muitas outras coisas que precisamos pensar na hora da fabricação, e às vezes deixamos de pensar com carinho no controle de temperatura da fermentação. Acredite, esse descuido pode causar diversos aromas/sabores indesejáveis na sua cerveja, e, em alguns casos, comprometer toda uma leva.
Encontramos diversos relatos de fermentação em temperatura ambiente que teve bons resultados, mas como você busca fazer uma ótima cerveja, não podemos negligenciar essa parte tão importante: o controle de temperatura na fermentação.
Portanto, hoje vamos te ensinar a Como Instalar o Termostato na Geladeira Cervejeira.
Um dos termostatos mais utilizados por nós, cervejeiros caseiros, tanto pela facilidade de uso quanto pelo baixo investimento, é o TIC-17 da Full Gauge. Ele tem basicamente a função de controlar a temperatura medida por seu sensor de forma que, quando atinge a temperatura desejada, ele automaticamente desliga a geladeira até que ultrapasse novamente a temperatura limite, tornando a ligá-la.
Mas como ele não vem montado, é preciso fazer sua instalação conforme a voltagem desejada (110V ou 220V), que é bastante simples.
Esquema de Ligação do Termostato TIC-17
Abaixo você pode observar o esquema de ligação do termostato TIC-17:
Veja que o termostato recebe a alimentação direta pelas porta 7 e 8, no caso de uma voltagem 110V, ou 7 e 9 para 220V, funcionando como um interruptor para sua geladeira que é ligada em paralelo com o controlador.
Como Instalar o Termostato na Geladeira Cervejeira
Além do termostato e a geladeira, para essa montagem e instalação você vai precisar dos seguintes materiais:
– 2 ou 3 metros de Fio Paralelo 2 x 2mm;
– 1 metro de Fio 1,5mm;
– 1 Plug Macho;
– 1 Plug Fêmea;
Com os materiais, basta seguir o esquema de montagem abaixo levando em consideração o tipo de voltagem de sua rede elétrica:
Esquema de Instalação Termostato TIC 17 Full Gauge -110V
Esquema de Instalação para Termostato TIC 17 Full Gauge -110V
Esquema de Instalação Termostato TIC 17 Full Gauge -220V
Esquema de Instalação para Termostato TIC 17 Full Gauge -220V
– Após a instalação, coloque a geladeira para trabalhar no máximo;
– Por fim, prenda com uma fita o sensor do termostato do lado externo do fermentador.
A Brassagem é sem dúvida uma das partes mais importantes do processo quente da produção da cerveja artesanal. E quando estamos começando nesse maravilhoso hobby de Fazer Cerveja em Casa, procuramos seguir uma receita e quando seguida à risca podemos obtemos ótimos resultados…
Mas, entender as nuances da brassagem lhe permitirá dominar as características desta etapa e ficar atento a qualquer modificação que se faça necessária durante o fabrico.
O objetivo da brassagem ou mosturação é ativar as enzimas contidas no malte através do cozimento dos grãos em água quente, para que assim, elas possam converter o amido contido no malte em açúcares fermentáveis (maltose) e não-fermentáveis (dextrinas), constituindo o mosto cervejeiro.
Além disso, vale ressaltar que cada grupo de enzimas é favorecido conforme a temperatura e o pH da água, e saber como usar cada uma dessas características é fundamental para atingir os objetivos buscados em sua receita.
Assim, para começarmos a conversar um pouco mais sobre essa etapa do processo de fabricação da sua cerveja, vamos conversar um pouco sobre a…
Seja para conferir amargor, aroma, sabor, equilíbrio ou suas qualidades bacteriostáticas, o lúpulo é sem dúvida um companheiro inseparável de qualquer receita cervejeira. E saber como usá-lo é tão importante quanto tê-lo em sua receita, portanto, dando continuidade a sua jornada de como Fazer Cerveja em Casa, chegou a hora de aprender a Como Fazer a Lupulagem do mosto.
Chegou a hora de temperar nossa cerveja!
E para começarmos…
Podemos dividir os lúpulos em duas categorias: os lúpulos de amargor e os lúpulos de aroma.
É possível distinguirmos os lúpulos dentro de suas categorias observando sua quantidade de alfa-ácidos em %. Assim, os lúpulos destinados a amargor tendem a possuir uma quantidade alta de alfa-ácidos, acima de 10% do seu peso, sendo mais indicado sua utilização no início da fervura para extrair todo seu potencial de amargor.