Se você está pensando em dar aquela caprichada nos aromas e sabores de lúpulo em sua cerveja, então este é o artigo certo para você!
Afinal, neste artigo, além de você descobrir o que é e para que serve o dry hopping…
Aqui você também encontrará o passo a passo completo de como fazer corretamente o dry hopping em sua cerveja…
E algumas dicas e orientações essenciais para você aproveitar ao máximo essa técnica. Confira!
Neste artigo você irá encontrar…
E para começar…
O que é e Para Que Serve o Dry Hopping na Cerveja?
Basicamente o dry hopping é uma técnica que consiste em adicionar uma quantidade extra de lúpulo à cerveja, com o objetivo de proporcionar um melhor aproveitamento dos óleos essenciais do lúpulo…
E, consequentemente, intensificar os aromas e sabores de lúpulo na cerveja.
Como se sabe, o lúpulo tem um papel essencial na fabricação da cerveja, que, além de conferir amargor à bebida, também é responsável por boa parte dos aromas e sabores, justamente por conta de seus óleos essenciais.
No entanto, como esses óleos essenciais são bastante voláteis, e normalmente a adição do lúpulo é feita antes ou durante a fervura do mosto, muitas de suas caraterísticas se perdem rapidamente durante a durante a fervura…
E mesmo as adições de lúpulo feitas no final da fervura, que visam uma maior retenção das características proporcionadas por esses óleos, ainda assim, boa parte se dissipa durante a fermentação.
Por isso essa se torna uma excelente opção de lupulagem quando se pretende obter o máximo do aroma e sabor do lúpulo na cerveja.
Dito isso, e antes de passarmos ao passo a passo prático…
Vamos observar alguns pontos fundamentais para a utilização correta dessa técnica…
Os 5 Fatores Essenciais para um Excelente Dry Hopping
Como você irá notar mais abaixo, a aplicação dessa técnica de lupulagem é relativamente simples…
Porém, para você aproveitar ao máximo dela, é muito importante se atentar a alguns detalhes fundamentais, começando por…
#1 – Qual o Melhor Lúpulo para Dry Hopping?
Veja, uma questão importante na hora de escolher o lúpulo certo para o dry hopping é saber exatamente quais características de aroma e sabor você está buscando para sua cerveja.
Assim, uma análise prévia dessas características e dos seus objetivos com o resultado final dessa cerveja será fundamental para te auxiliar na hora de selecionar aquele lúpulo que melhor se encaixe nos seus planos.
Por exemplo, digamos que você esteja planejando uma cerveja onde o objetivo final é atingir um perfil sensorial com notas mais cítricas, o dry hopping com o lúpulo Citra pode ser uma excelente opção neste caso.
Vale ressaltar também que, geralmente, os melhores lúpulos para essa técnica são aqueles que possuem um percentual mais alto de óleos essenciais.
E entre os lúpulos mais populares para o dry hopping, destacam-se: Citra, Simcoe, Amarillo, Mosaic e Galaxy.
A propósito, para te auxiliar na hora de escolher o lúpulo certo para sua cerveja…
Preparamos para você este artigo com a seleção dos melhores lúpulos para dry hopping e suas características. 🙂
Já em relação ao formato do lúpulo, tanto lúpulos em pellet quanto em flor podem ser utilizados aqui, cada um possuindo suas particularidades.
Ah! E um ponto importante: sempre utilize lúpulo o mais fresco possível.
#2 – Qual a Quantidade Certa de Lúpulo para Essa Técnica?
A verdade é que não existe uma quantidade única em gramas de lúpulo para o dry hopping, diferentes estilos e objetivos com a cerveja acabam influenciando nessa quantidade…
Por exemplo, uma IPA vai precisar de uma dosagem maior de lúpulo do que uma Session Ale…
Assim, entenda que quanto maior a intensidade do aroma e sabor de lúpulo buscado para uma determinada cerveja, maior a dosagem e vice-versa.
Mas de qualquer forma, uma boa regra para se nortear quanto à quantidade de lúpulo para o dry hopping é a seguinte:
Pale/Amber Ales = 2-4g/l
IPA’s = 6-8g/l
Double IPA’s = 8-10g/l
Dry Hopped Pilsner = 1-4g/l
English Pale Ales = 1-5g/l
Belgian Pale Ale = 1-4g/l
Portanto, quaisquer valores dentro dessas faixas por litro de cerveja é um bom começo.
Mas claro, se você quiser começar a “brincadeira” com uma quantidade moderada, você poderá iniciar com adições de 1g de lúpulo para cada litro de cerveja…
Ou se você está buscando uma “porrada” de aroma, poderá optar por adições de 8g por litro, sem problemas.
#3 – Qual a Melhor Hora de se Fazer o Dry Hopping?
Existem três momentos chaves onde podemos proceder com o dry hopping, são eles: na fermentação, após a fermentação secundária ou direto no barril.
Contudo, dentre essas três opções, percebo que o melhor momento é logo após a fermentação secundária e antes de baixar a temperatura para a maturação.
Isso porque como a produção vigorosa de CO2 da fermentação já foi concluída, não haverá problemas quanto à eliminação dos aromas do lúpulo junto com o CO2…
Além disso, a presença do álcool e o baixo pH contribuem para manter a cerveja longe de qualquer contaminação durante a aplicação dessa técnica.
Se você quer aprender um pouco mais sobre como o processo de fermentação da cerveja funciona, recomendo este nosso outro artigo:
Como Conduzir Corretamente a Fermentação da Cerveja
E por falar no melhor momento para o dry hopping, é muito comum, nesse ponto, surgirem duas questões interessantes na cabeça de muitos cervejeiros…
Preciso trocar de balde?
Bem, diversas fontes cervejeiras recomendam a troca de balde antes de se iniciar o dry hopping…
Isso porque as leveduras tendem a absorver uma certa quantidade dos óleos essenciais do lúpulo, o que acabaria por diminuir a eficácia dessa técnica.
Mas vale ressaltar que não é que a troca de balde para se fazer o dry hopping seja algo imprescindível, mas que, em tese, isso irá proporcionar um melhor aproveitamento do lúpulo na aplicação dessa técnica.
Assim, o ponto mais importante para se ter em mente ao decidir se irá ou não efetuar a troca de baldes é o quão habilidoso e experiente você é em transferir a cerveja de um balde para o outro…
Sei que isso pode parecer meio estranho e, de certa forma, até difícil de mensurar…
Mas sabe por que digo isso?
Porque se essa troca não for feita de forma adequada e com parcimônia, pode aumentar os riscos de oxidação e contaminação da cerveja.
Então, se você não tem tanta experiência, recomendo que faça no mesmo balde da fermentação.
Só para você ter uma ideia, já fiz alguns testes trocando e não trocando de baldes para o dry hopping, e confesso que não notei uma diferença tão significativa.
E a outra dúvida é…
Preciso usar uma Hop Bag?
Na verdade, é bastante recomendável usar uma hop bag no dry hopping…
Isso porque com a utilização de uma hop bag a retirada dos restos do lúpulo posteriormente é bastante facilitada.
#4 – Qual a Melhor Temperatura Para o Dry Hopping?
Sabendo que o objetivo do dry hopping é justamente proporcionar uma maior extração dos óleos essenciais do lúpulo na cerveja…
Quanto maior a temperatura, melhor será o aproveitamento dessa técnica.
Assim, uma faixa de temperatura ideal para o dry hopping é entre 16-25ºC.
#5 – Por Quanto Tempo Deixar o Lúpulo na Cerveja?
O tempo de duração do dry hopping pode variar por diversos motivos, seja por conta do tipo e quantidade de lúpulo utilizado, seus objetivos com essa técnica ou ainda a temperatura.
E por se falar em temperatura…
Como vimos no tópico logo acima, quanto maior a temperatura – dentro da faixa citada -, melhor a extração dos óleos essenciais e, consequentemente, menor o tempo de dry hopping.
Assim, uma média de tempo segura para o dry hopping é de 3 a 7 dias.
Além disso, aqui cabe outra observação…
Não deixe o lúpulo em contato com a cerveja por muito tempo, pois as chances de se obter algumas características indesejáveis, como de gramíneos e vegetais, são muito altas.
Com esses 5 pontos esclarecidos, vamos agora para o…
Passo a Passo: Como Fazer Corretamente o Dry Hopping na Cerveja
(foto zolakoma)
Agora que entendemos os principais fatores para a aplicação dessa técnica, vamos observar em detalhes o passo a passo para se fazer corretamente o dry hopping na cerveja:
1 – Analise e selecione os lúpulos mais adequados de acordo com os objetivos que você pretende alcançar para sua cerveja.
Dica #1: Use esse artigo para te auxiliar nesta etapa.
2 – Definia a quantidade de lúpulo que será utilizada, de acordo com seus objetivos.
3 – Limpe e sanitize a hop bag e um utensílio para te auxiliar na hora de pesar o lúpulo.
4 – No utensílio sanitizado, pese a quantidade de lúpulo que será utilizada no dry hopping e coloque-o na hop bag.
5 – Após a fermentação secundária, faça cuidadosamente a transferência da cerveja para outro balde devidamente limpo e sanitizado.
Observação: Se você pretende fazer o dry hopping no mesmo balde que o da fermentação, ou seja, sem trocar de balde, prossiga para a próxima etapa.
6 – Posicione a hop bag dentro do balde.
Dica #2: Aqui é essencial que você mantenha a hop bag no “meio” da cerveja, ou seja, entre o fundo do balde e o topo do líquido…
E para te ajudar nessa “façanha”…
Dica #3: Coloque umas bolinhas de gude (devidamente sanitizadas) na hop bag e amarre uma “cordinha” grande o suficiente para a outra ponta ficar fora do balde.
Em seguida, posicione a hop bag no meio da cerveja e prenda a outra ponta da cordinha fora do balde.
7 – Deixe a cerveja numa temperatura entre 16-25ºC, por um período de 3-7 dias, conforme seus objetivos.
8 – Após esse período de dry hopping, retire a hop bag da cerveja, feche o balde e…
9 – Pronto!
Agora basta seguir com os procedimentos normais para a finalização da sua cerveja. =]
Conclusão
Pois é, Cervejeiro, como vimos nesse artigo o dry hopping é uma das técnicas de lupulagem mais simples e poderosas…
E quando feita corretamente, pode proporcionar aromas e sabores únicos à sua cerveja.
Então, que tal na sua próxima breja lupulada fazer um dry hopping seguindo essas dicas?
Garanto que você vai gostar dos resultados…
Ah! E se ficou com alguma dúvida, basta deixá-la nos comentários abaixo. 😉
Encontrei excelentes dicas neste post. Parabéns…
Excelente David. Li o post horas antes de fazer meu primeiro dry hopping. Obrigado.
Olá Sérgio,
Que bacana! Depois nos conta o resultado. 🙂
Forte abraço e ótimas cervejas.
Dicas muito boas!
Tenho interesse nessa técnica e vou usar na minha próxima brassagem.
Valeu!
Bom dia. Vou fazer uma weiss e usar lúpulo galena 20grs 15 minutos depois do inicio da fervura, para fazer o Dry hopping qual é o melhor lúpulo? Receita para 20l.
Olá Itamar,
Para uma Weiss o ideal é que seus aromas característicos de banana e cravo, sejam mais pronunciados que os provenientes do lúpulo, não sendo muito “a cara” desse estilo efetuar um dry hopping.
Todavia, como o nosso objetivo como cervejeiro é experimentar, testar e reinventar (rs) acredito que o Amarilo é uma opção interessante.
Forte abraço e ótimas cervejas.
Parabéns pelas dicas, estou começando a me divertir com esse hobby e encontrei vocês, me animou ainda mais.
Boa tarde David e seus seguidores, gostei muito das dicas, mas estou fazendo um pouco diferente, porque foi a maneira que melhor resultado obtive.
Faço o Dry Hopping 5 (cinco) dias antes de engarrafar e passado este tempo faço o primming e engarrafo.
Aguardo comentário e espero estar contribuindo.
Abraços Eber Ferreira Filho.
Olá Eber,
Muito obrigado pela sua contribuição =)
Me diz uma coisa, nesse caso você costuma fazer a maturação antes de proceder com o dry hopping?
Forte abraço e ótimas cervejas.
David,
Parabéns pela iniciativa. Sempre como ótimas dicas.
Sempre ouvi dizer que é preferível pellets e de lúpulos com AA elevados. Neste caso seria para evitar liberação de uma grande quantidade de tanino.
Abraços
Olá Gustavo,
Opa, eu que agradeço por fazer parte do Condado da Cerveja!
Na verdade você poderá utilizar tantos lúpulos em pellets quanto em flor sem problemas, todavia, no caso do pellet devido as glândulas de lupulina já estarem rompidas isso irá acelerar um pouco a liberação dos aromas.
Já com relação ao AA elevado, isso depende, porque o que contará mais nesse caso é a quantidade de óleos essenciais que o lúpulo possui, até porque, existem variações com uma baixa quantidade de AA e altas quantidades de óleos, assim como, outras com AA elevado e boas quantidade de óleos.
Forte abraço e ótimas cervejas.
Boa Noite,
Tenho uma grande dúvida… usei cerca de 110g de Lupulo no meu utlimo Dry Hopping, tire-o e guardei no congelador…. será que posso reutiliza-lo em outra brassagem extraindo apenas o amargor? se sim…. quantos por % de ibu devo considerar que ainda existe nos lupulos já utilizados no Dry hopping.
Muito Obrigado. Boa noite.
Olá George,
Bem, você até pode reutilizá-lo em outra brassagem, todavia, ainda não se tem uma orientação específica para determinar essa quantidade de alfa ácido que continuará disponível para essa nova infusão, até porque, o que se tem hoje a respeito disso é ainda bastante intuitivo.
Forte abraço e ótimas cervejas.
Boa noite,
Há já lgum tempo que sigo os seus post’s e quero felicitá-lo pelo bom trabalho desenvolvido no âmbito da cerveja artesanal. 🙂
Contudo, tenho uma pequena dúvida. Quando se refere á possibilidade de fazer dry-hopping após a fermentação secundária, significa após maturação? Tenho a ideia de que fermentação secundária, poderá ser chamada de maturação, pelo facto de baixarmos a temperatura, para faixas mais baixas (quando o sistema permite, claro ). Se for após a fermentação secundária (maturação) fizer dry.hopping, estarei com temperaturas bem mais baixas, algo a rondar os 6-10ºC, logo não me encontro na faixa óptima para efectuar o dry-hopping.
Caso me possa esclarecer ficarei muito grato,
Muito Obrigado e continuação de óptimo trabalho:)
Abraço de Portugal
Olá Márcio,
Muito obrigado, fico bastante contente em saber que os meus conteúdos estão sendo de grande valia para você.
E poxa, fico feliz que a cada dia que se passa mais cervejeiros de Portugal estão fazendo parte do Condado da Cerveja 🙂
Na verdade, a fermentação secundária a que me refiro seria a última fase de fermentação, também conhecida de estacionária, que é o momento onde as leveduras já concluíram uma boa parte dos seus trabalhos, entretanto, muitos dos subprodutos gerados durante a fermentação ainda estão presentes, e com isso, as leveduras começam a reabsorver esses subprodutos, onde para acelerar esse processo, o ideal é aumentarmos um pouco a temperatura do fermentador como explicado melhor nesse post acerca das fases da fermentação.
Forte abraço e ótimas cervejas.
O lúpulo não é bactericida e sim bacteriostático. Ele não elemina as bactérias mas faz com que o meio não fique favorável ao crescimento de bactérias.
Olá Felipe,
Muito obrigado pela observação 🙂
Forte abraço e ótimas cervejas.
David, mais uma vez parabéns! E muito obrigado! Segui as suas dicas e o resultado foi fantástico! Utilizei apenas 16g de lupulo columbus para 10l, pois fiquei em dúvida se poderia arriscar mais. Eu gostaria de fazer uma pergunta fora do contexto do artigo: nas minhas duas últimas levas de belgian pale ale, fiquei com a sensação de “efeito estufa” mais do as outras que eu fiz. O que pode ser?
Olá Gianclay,
Poxa que legal! Fico bastante contente com seus resultados, parabéns 🙂
Para que eu possa entender melhor e poder te ajudar nessa sua dúvida, me diz uma coisa, como seria esse “efeito estufa”?
Forte braço e ótimas cervejas.
Gostaria de saber se ao trocar de balde para fazer o dry hopping tem que deixar o air lock ?
Trocando de balde há uma perde em torno de 3 l. quando etivermos engarrafando ficm mais 3l no balde perdendo assim 6l. É necessário acrescentar na fervura este volume para atingir os 20l ?
obrigado
Olá Antonio,
Não necessariamente, você poderá conduzir o dry hopping num balde sem airlock tranquilamente.
Na verdade para compensar essa perda o ideal é você fazer os ajustes na receita como um todo, para assim, não ter perda de eficiência e/ou mudar o perfil sensorial dela.
Forte abraço e ótimas cervejas.
Alguma dica p prender a corda do hop bag sem comprometer o fechamento do balde e a saída de ar?
Olá Fernando,
O que você pode fazer é optar por um fio mais fino e resistente para segurar a bag, ao invés dos barbantes grossos, que nesses casos você poderá utilizar um fio de nylon ou até mesmo um fio dental simples.
Forte abraço e ótimas cervejas.
Buenas David.
Uma dúvida, no caso eu que não tenho balde reserva para a troca e também não possuo hop bag, posso adotar o seguinte procedimento:
– Fermentação primária,
– Fermentação secundária,
– Maturação a frio uns 8°c
– (Depois da maturação posso subir a temperatura para uns 18 graus para do Dry hop) fazer esse dry hop de uns 3-4 dias + clarificação a frio de uns 5 dias?
Olá Thiago,
A falta de outro balde não tem problema – claro que se tivesse outro seria melhor rs -, todavia, você poderá fazer o dry hopping no mesmo balde sem problema.
Já com relação a hop bag eu recomendaria você adquirir uma (ou montar com voil), pois ela irá te ajudar bastante na hora de remover esse lúpulo principalmente nesse caso onde você não irá efetuar a troca de balde.
Quanto ao momento, a melhor prática seria você efetuar logo após a fermentação secundária, mesmo não trocando de balde.
Forte abraço e ótimas cervejas.
Olá David, primeiramente, parabéns pelo post!
Tenho uma dúvida semelhante do colega acima. Sei que você disse várias vezes que é melhor realizar o Dry Hopping logo após a fermentação secundária. Mas tenho duas perguntas:
1) O Dry Hopping faz parte da maturação? Ou seja, se eu planejar fazer a maturação por 20 dias e o Dry Hopping por 10, meu total de maturação + Dry Hopping será 20 dias?
2) Qual seria o problema de fazer: fermentação secundária –> maturação –> Dry Hopping –> Clarificação –> Engarrafamento? Dessa forma o Dry Hopping ficaria mais próximo do engarrafamento e o mosto perderia menos aromas até ser engarrafado.
Obrigado!
Olá Wilane,
Eu que lhe agradeço por fazer parte do Condado da Cerveja 😀
Vamos as tuas dúvidas:
1) O Dry Hopping faz parte da maturação? Ou seja, se eu planejar fazer a maturação por 20 dias e o Dry Hopping por 10, meu total de maturação + Dry Hopping será 20 dias?
Dependendo da fase que você pretende fazer o Dry Hopping ele entrará para essa contagem sim.
2) Qual seria o problema de fazer: fermentação secundária –> maturação –> Dry Hopping –> Clarificação –> Engarrafamento? Dessa forma o Dry Hopping ficaria mais próximo do engarrafamento e o mosto perderia menos aromas até ser engarrafado.
Na verdade, não existe problema em agir dessa forma, isso tudo vai depender do tipo, estilo de cerveja e objetivos que você está buscando para aquela determinada cerveja.
Para você ter uma ideia, é muito comum nas American IPA – quando se quer uma explosão de aromas – proceder com um dry hopping após a fermentação secundária, proceder com a maturação e clarificação e depois, antes do envase, fazer um novo dry hopping para reforçar os aromas.
A adição após a fermentação secundária e numa temperatura mais alta tende a maximizar a eficiência do dry hopping, sem contar que é uma das formas mais práticas para se executar essa técnica.
Forte abraço e ótimas cervejas.
Obrigado pela resposta!
Bom artigo!! Da pra ter uma boa base.
Basta apenas corrigir o verbo surgir na oração:
“Mas aposto que é aí que surgi aquela dúvida: afinal de contas, como fazer corretamente o dry hopping na minha cerveja?”
Olá Carlos,
Opa! Muito obrigado pela sugestão 😀
Forte abraço e ótimas cervejas.
Boa noite David, parabéns pelo postar. Muito bom!!. Me responda uma coisa. Se fala muito aqui de fermentação secundária.
Me explique o que seria e como saber quando estamos nessa etapa de fermentação secundária. Obrigado abraço
Olá Felipe,
Muito obrigado.
Claro! Bom, a fermentação secundária é quando as leveduras já cumpriram uma boa parte do seu trabalho, ou seja, já metabolizaram a maior parte dos açúcares presentes no mosto, dando inicio assim, a reabsorção dos subprodutos gerados durante a fermentação.
E nesse post “Aprenda sobre o Processo de Fermentação“, eu explico mais acerca da fermentação e suas fases, tal como, a melhor forma de conduzir a etapa de fermentação secundária. 😀
Forte abraço e ótimas cervejas.
Olá David!
Ótimas dicas e que será proveitoso sim para tomada de decisão sobre a técnica de DH pela primeira vez, apesar de estar acima de 20 brassagens.
Tenho 2 IPAs que irei fazer. Uma em torno de 60 IBUs e outra Session. Mas existe alguns detalhes que gostaria que comentasse para assumir as técnicas para elas.
Conversei com um Mestre Cervejeiro e ele me disse que eu poderia fazer DH por 15 dias e sem Bag, achei estranho e ele me disse que eu poderia fazer sem problemas. O que acha?
E outra técnica que me interesso muito e curioso em fazer, porém poucas informações a respeito seria o Tea Hopping. O que acha dessa técnica, resultados dela e uso do álcool de cereal ou vodka para ela?
(Tenho fermentador cônico de 100 L).
Muito obrigado pela atenção e ansioso pela resposta.
Olá Erik,
Opa, muito obrigado 😀
Pois é, nessa questão de usar ou não a hop bag muitos cervejeiros se dividem, até porque…
Posso usar a hop bag? Pode.
Posso não usar a hop bag? Pode, também.
Eu particularmente uso e recomendo justamente pela facilidade e praticidade na aplicação dessa técnica, assim como, na remoção do lúpulo posteriormente.
Agora, muito cervejeiros não gostam de usar a bag, eu até já testei algumas vezes dessa forma, mas não gostei muito rs.
Portanto, o melhor é você testar esses dois métodos e verificar em qual deles você terá o melhor resultado e experiência.
Ah! Fique atento que logo logo sairá um post bem bacana falando sobre essa outra técnica de lupulagem.
Forte abraço e ótimas cervejas.
David, muito obrigado pelo retorno, pois sustentar essa interpretação do bag ou não era necessária.
Contudo, estou realmente inquieto e querendo usar muito essa técnica da segunda pergunta a qual me interessa bastante.
Espero que este assunto seja logo postado para ter a tempo as informações que tanto necessito e quem sabe colocar em prática, haja vista que apesar de ser pouco praticada, pelo visto é muito mais eficiente que o DH, onde não necessariamente substitui, mas podem sim ser complementos!!!!
Grande abraço e muito obrigado pela atenção!!!!
Melhor conteúdo sobre DH que já li , estou na Fermentação secundária de uma ipl, e farei o DH após terminar ela é deixar a 16 graus, a dúvida e , teria problema de eu fazer outro DH nos 4,5 dias finais da maturação , tipo um DH duplo, algum risco de contaminação, mas isso já faria com a temperatura baixa da maturação,? Obrigado
Olá Ariel,
Muito obrigado 😀
Poxa que bacana, a próxima leva aqui do Condado também será uma IPL rs.
Sem problema, Ariel, pode fazer os dois DH nesses momentos tranquilamente.
Forte abraço e ótimas cervejas